O Discurso Anti-Estado e a Nova Extrema Direita: Entre Ideologia e Realidade

A ascensão da nova extrema direita em diversos países tem sido objeto de análise e debate. Suas ideias, muitas vezes controversas, encontram eco em uma parcela da sociedade que se sente descontente com o status quo. Um dos pilares fundamentais desse movimento é o discurso anti-estado, que questiona a relevância e a necessidade das instituições estatais modernas.

O discurso anti-estado é a espinha dorsal do pensamento da nova extrema direita. Mas o que exatamente isso significa? Vamos explorar algumas teorias científicas e dados jornalísticos para entender melhor essa questão.

Desconstruindo o Estado Moderno

A nova extrema direita argumenta que o estado moderno é excessivo, burocrático e ineficiente. Para eles, o contrato social que sustenta a existência do estado não é mais válido. Essa visão é alimentada por uma série de fatores:

  1. Individualismo Radical: A extrema direita valoriza o indivíduo acima de tudo. Eles veem o estado como uma entidade que sufoca a liberdade individual e impõe regulamentações desnecessárias.

  2. Desconfiança nas Instituições: A desconfiança nas instituições estatais, como o sistema judiciário e a polícia, é uma característica marcante desse discurso. Alegam que essas instituições são corruptas e ineficazes.

  3. Economia de Mercado Desregulada: A nova extrema direita advoga por uma economia de mercado desregulada, onde o estado não interfere nas relações comerciais. Isso se alinha com a ideia de que o estado é um obstáculo ao crescimento econômico.

Fake News e a Desconstrução do Estad A Realidade: Estado e Barbárie o

As fake news têm sido uma ferramenta poderosa para disseminar o discurso anti-estado. Na última semana, vimos uma enxurrada de notícias falsas que questionam a relevância do estado. Essas informações distorcidas minam a confiança nas instituições e reforçam a narrativa da extrema direita.

A Realidade: Estado e Barbárie

Mas o que aconteceria se o estado fosse realmente desconstruído? Aqui entra a realidade. Sem um estado forte para proteger nossos direitos, estaríamos à mercê da barbárie. O estado moderno, apesar de suas falhas, é o guardião dos nossos direitos fundamentais:

  1. Segurança: O estado mantém a ordem e protege os cidadãos da violência e do crime.

  2. Saúde e Educação: São os serviços estatais que garantem acesso à saúde e educação para todos.

  3. Justiça Social: O estado intervém para reduzir desigualdades e promover a justiça social.

Conclusão

O discurso anti-estado da nova extrema direita pode parecer atraente para alguns, mas é essencial considerar as consequências reais de sua implementação. A desconstrução do estado moderno não nos levaria à liberdade, mas sim à vulnerabilidade e à desigualdade. É preciso encontrar um equilíbrio entre críticas legítimas ao estado e a preservação de suas funções essenciais.


Referências:

  1. Rezio, L. L. de S.; Silva, M. L. M. da. “Discurso anti-ciência: a desinformação como estratégia de ataque à produção científica.” Revista UFG, Goiânia, v. 20, n. 26, 2020. Link
  2. Fasce, A.; Adrián-Ventura, J.; Avendaño, C. “Pseudociências e os Desafios Atuais Impostos ao Ensino de Ciências.” SciELO. Link
  3. Pfeifer Filho, A. “O que é extrema direita?” Politize!. [Link]

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